Ficha Técnica:
Título: O Clube das Desquitadas
Título Original: The First Wives Club
País: EUA
Autora: Olivia Goldsmith
Gênero: Comédia/Drama
Ano de Publicação: 1992
Editora: Record
Páginas: 463
Rating: ⭐⭐⭐⭐⭐+++++
Eu simplesmente amei o livro!
Esse livro aborda temas fantásticos como suicídio, homossexualidade, auto-descoberta, traição, vingança… Tudo com muito bom humor!
Com certeza esse livro entrou para a minha história de uma forma muito pessoal e que poucos livros fizeram. Todas as mulheres deveriam ler esse livro e se inspirar em Annie, Brenda e Elise.
O livro nos ensina várias lições valiosas, mas cada uma das personagens principais nos ensina uma lição individual:
Annie nos ensina que nem sempre tudo é da forma que queremos e que temos que ser fortes, seguir nossos sonhos e não depender de ninguém.
Brenda nos ensina a nos aceitar pelo o que somos e termos orgulho do que já alcançamos.
Elise nos ensina que a vida é o que você faz dela e que ninguém deveria ser capaz de opinar nas suas decisões, a não ser que você solicite essa opinião.
Uma citação que eu achei maravilhosa e bem “tapa na cara” da sociedade – e que está nos destaques do meu stories:
É verdade que os homens da geração de Aaron tinham sido criados com expectativas diferentes: desejavam ao mesmo tempo dominar as mulheres e ser cuidados por elas. […] Mas Aaron, Morty, Bill e Gil continuaram com a necessidade de serem cuidados, mas ao mesmo tempo se ressentindo desse fardo. Annie calculava que as novas esposas eram mais leves para carregarem, mas mantinham acesa a chama do culto ao ídolo.
Fun Fact #1:
O livro foi adaptado para o cinema no ano de 1996, com Diane Keaton (<3), Bette Midler, Goldie Hawn, Sarah Jessica Parker, Stockard Channing (a Rizzo de Grease!!!) e a magnífica Maggie Smith no elenco.
O filme foi indicado ao Oscar de melhor trilha sonora, que conta com as três principais cantando “You Don’t Own Me” (música mais que adequada).
O filme é maravilhoso, mas não é muito fiel ao livro.
Algumas diferenças básicas:
Sylvie, a filha portadora da Síndrome de Down de Annie e Aaron, não é mencionada nem uma única vez. Essa era a principal razão do divórcio de Anne e Aaron, então não fez muito sentido para mim.
Cynthia se joga da cobertura no filme. No livro, ela é encontrada por Gil dentro de uma banheira, com os pulsos cortados dois dias depois do suicídio.
No livro, o narrador explica ao leitor que a mãe de Annie a havia abandonado quando pequena, mas no filme ela permanece, aparentado para mim fazer o papel de Helena, a mãe de Elise.
O vilão principal do livro é Gil Griffin e, no filme, ele só aparece no fim do velório de Cynthia.
Annie e Aaron têm três filhos: dois meninos (Alex e Chris) e uma menina (Sylvie). No filme, Annie tem somente uma filha, Chris, que é lésbica.
No livro, Brenda e Morty têm dois filhos: Angela e Tony. No filme, eles têm apenas um filho, Jason.
Larry Coachran é um homem bem mais jovem que fez com que Elise voltasse a atuar e eles terminam juntos e, no filme, a única menção dele é na porta do teatro onde Elise atua no final.
Brenda é lésbica no livro e se apaixona por sua advogada, Diana. No filme, ela tenta a reconciliação com Morty (coisa que no livro ela jamais faria).
Existem muitas outras diferenças entre o livro e sua adaptação (fora outros tantos personagens que não apareceram), então, podemos perceber que os produtores do filme quiseram que não aparecessem os temas mais dramáticos e mais polêmicos, deixando o filme bem com cara de “Sessão da Tarde” e bem mais leve (se você não contar o suicídio de Cynthia).
Por ser uma produção do fim dos anos 1990, é compreensível a alteração do roteiro em deixar o filme bem mais comercial.
Fun Fact #2:
Um seriado com o nome “O Clube das Divorciadas” foi lançado em 2019 com Michelle Buteau, Jill Scott e Ryan Michelle Bathe no elenco principal.
O filme de 1996 segue muito mais a história do livro que o seriado de 2019. Pra começar, pelo menos as personagens têm o mesmo nome. As várias diferenças que eu encontrei entre a série, o livro e o filme:
No seriado, Annie vira Ari; Brenda vira Bree; e Elise vira Hazel
No seriado, elas não têm nenhuma amiga que se matou. Ele começa com o marido de Hazel assumindo a traição dele com uma menina com pelo menos metade da idade dela. Hazel sabe que tudo o que Derek tem é por causa do que ela conquistou, tal como Elise sabe que tudo o que Bill tem é por causa da fama dela
Hazel (papel de Elise) é uma cantora, não atriz
Bree não é desempregada como Brenda, mas sustentou seu marido da mesma forma que Brenda fez com Morty. Ela é uma cirurgiã. Mas pelo menos elas têm dois filhos, apesar de a idade ser bem diferente das do livro
No filme, quem ajuda muito as três meninas a se vingar dos homens é a filha de Anne, Chris. No seriado, quem ajuda elas é a filha do Derek, ex da Hazel
No seriado, elas não se vingam nem do marido da Bree e nem do marido da Ari, só do Derek
Ninguém menciona “O Clube das Desquitadas” no seriado. No filme elas montam até um escritório para isso.
Bree segue apaixonada pelo marido e eles têm um final feliz, assim como Ari. Hazel tem um caso com o produtor, que pode ser comparado à Larry Coachran, mas eles não terminam juntos
A filha de Annie no livro, tem síndrome de Down e se chama Sylvie; no filme, ela é lésbica e se chama Chris; no seriado, ela vive em um trisal com dois meninos e seu nome é Megan
No livro, não aparece o sequestro de Morty. No seriado, quem é sequestrado é Derek.
Resumindo, é tudo muito diferente e quase um sacrilégio contra o livro e a história original.
O seriado tem três temporadas e está disponível na GloboPlay.
Fun fact #3:
Existe um k-drama de 80 episódios foi exibido entre 2007 e 2008, também intitulado "The First Wifes Club" (mas também conhecido como "The Good Old Wives' Club"). Esse realmente usou a história original como base e criou outra completamente diferente por cima, ainda mais diferente que a série de 2018.
Aqui conhecemos a história de Bok-Soo que bancou a faculdade de medicina de seu marido como uma vendedora de peixes, porém seu marido não se sente grato a ela por isso e a trata muito mal. No meio dessa crise, ela descobre que seu irmão, que é casado com sua melhor amiga Hwa-Shin, está tendo um caso com uma outra mulher, porém ela encobre seu irmão. Quando ela descobre que seu marido, Ki-Joek, também tem um caso com uma ex-namorada, ela finalmente se solidariza com sua amiga.
Sua mãe, que teve que aguentar um casamento infeliz devido a várias traições de seu marido, se junta a Bok-Soo e Hwa-Shin em um plano para se vingar de seus maridos infiéis.
Esse eu não assisti e como é difícil encontrar k-dramas antigos desse jeito, mesmo na darkweb dos fansubs (e por ser muito longo), nem vou tentar achar. Portanto, entra aqui como mais uma adaptação do livro maravilhoso da Olivia Goldsmith.
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